domingo, 22 de julho de 2007

Programas de Qualidade de Vida no Trabalho: um olhar sobre seus benefícios para as empresas e para os colaboradores.

A preocupação com a qualidade de vida é um fator em ascensão no âmbito organizacional. Inúmeros fatores externos (doenças e adversidades) permeiam o trabalho das pessoas.
Os programas de qualidade de vida podem ser de vital importância para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus colaboradores, bem como com o desenvolvimento eficaz das organizações.
Neste sentido, este estudo objetivou identificar quais são as ações praticadas pelas organizações nos programas de qualidade de vida, e quais os benefícios diretos e indiretos aos colaboradores e às próprias organizações.
Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa descritiva, utilizando-se de método exploratório e com característica transversal, visando determinar as práticas presentes e as opiniões da população estudada. A população foi composta por profissionais de organizações públicas e privadas do Brasil, formada por gerentes e diretores das áreas de: Recursos Humanos, Treinamento, Diretoria Administrativa e Departamento Pessoal, sendo as organizações associadas à Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) .
A amostra foi composta por 1.250 organizações em todo o Brasil que responderam o questionário, enviado em formato eletrônico, conforme orientação, sendo que depois de aplicados os critérios de exclusão o número final de questionários tabulados devidamente preenchidos foi de 1.000 (mil).
O ramo de atividade predominante foi o de Serviços (57,3%), seguido pela Indústria (34,1%). Das organizações que não possuem programas de qualidade de vida, 97% acreditam que os programas de qualidade de vida no trabalho são importantes ou muito importantes, porém, 41% ainda não aplicam.
Quando questionados sobre os benefícios dos programas, 98% das organizações acreditam nos benefícios para o colaborador e para a empresa.
Com relação aos motivos da não implantação, 56,8% não implantam programas de qualidade de vida por motivos culturais da organização, e 40,7% não implantam esses programas por terem custos elevados. Quando questionados sobre o tipo de ações: 73,8% das organizações têm ações voltadas à ergonomia, 66,4% têm a atividade física implantada, e a gestão do estresse é praticada em 33,7% das organizações pesquisadas. Com relação ao tipo de atividade física oferecido, a ginástica laboral acontece em 57,7% das organizações pesquisadas e 39,3% das organizações tem programas relacionados a jogos esportivos e recreativos. O foco da implantação dos programas de qualidade de vida teve como principais respostas: 71,8% integração, 57,1% aumento da produtividade, 50,1% redução de acidentes de trabalho, e 44,5% estão focados na redução do absenteísmo. Para 83,5% dos entrevistados, a satisfação do colaborador é um dos principais benefícios para a organização.
Já para os colaboradores, dentre os principais benefícios está a motivação com 77,7%, porém, logo em seguida a prevenção de doenças que pode ser um fator importantíssimo na redução do absenteísmo. Os retornos financeiros dos programas de qualidade de vida são mensurados em 63,8% das organizações. Das organizações que avaliam quantitativamente esses programas, 58,8% utilizam a diminuição do absenteísmo como fator de avaliação, 52,2% utilizam a avaliação do desempenho diário dos colaboradores e 47,7% avaliam o custo-benefício.
O estudo nos traz indicadores de que é necessária a apresentação de diferenciais em seus serviços e investimento no capital humano para um bom andamento do negócio. Diversas ações são implantadas nas empresas como programas de qualidade de vida no trabalho. Dentre estas ações, destacamos: preocupação com a postura (ergonomia), atividades físicas, programas de lazer, programas antitabagismo, orientação nutricional e gestão do estresse.
Este estudo sugere que as organizações estão progressivamente se conscientizando da importância do lado humano na gestão empresarial e da importância da implantação de ções de qualidade de vida.

Fonte: Alexandre Slivnik Cozzo e Daniele Barrionuevo Kallas Batista, portal ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida)

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