quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Epidemia de "doenças mentais" ou como inventar doenças para vender remédios?

Sugiro a leitura da página http://tab.uol.com.br/remedios/.

Trata-se de uma importantíssima reflexão sobre a medicalização da vida, ou a vitória da indústria farmacêutica sobre a ética médica.
Afinal, vender 20 milhões de caixas de um remédio tarja preta, indicado para epilepsia, em um ano, só no Brasil,é apenas um exemplo que mostra o poder e a força de uma indústria sobre uma sociedade que ainda acredita que médicos estejam acima de qualquer suspeita.

https://www.facebook.com/medicalizacaodosocial?ref=profile




sábado, 7 de fevereiro de 2015

Mais acidentes de trabalho na FRIBOI

Operário tem mão decepada em acidente na JBS Friboi

Coagido pela empresa, trabalhador executava função para qual não possuía treinamento
Escrito por: William Pedreira • Publicado em: 04/02/2015 - 12:04 • Última modificação: 04/02/2015 - 12:21

A notícia de uma tragédia anunciada evidencia mais uma vez a irresponsabilidade da JBS - maior produtora global de carnes e dona das marcas Friboi, Seara, Vigor, entre outras -, quanto às condições de trabalho.
Vanderlei Costa Rosa, 28 anos, teve a mão direita decepada após acidente na madrugada desta terça-feira (3), na unidade de Carambeí (PR).
O operário, que há seis meses trabalha no setor de higienização, fazia a limpeza da máquina conhecida como ‘misturadeira’ – que agrega a carne aos condimentos -.
De acordo com Wagner do Nascimento Rodrigues, secretário-geral do Sindicato da Alimentação de Carambeí, Castro e Região, o trabalho de limpeza é complexo, pois deve ser feito com a máquina em funcionamento e, portanto, demanda treinamento. Porém, Vanderlei jamais passou por qualquer orientação.
“Pela ausência de um operário habilitado e pela necessidade de tocar a produção Vanderlei foi colocado em condições de risco pela empresa”, afirmou o dirigente.
Ele revela que é comum na unidade de Carambeí a improvisação e a exploração da mão de obra para alcançar o lucro a qualquer custo. “Produção em primeiro lugar, saúde e segurança em segundo plano”, denuncia.
Após o acidente, o operário ainda teve que aguardar por meia hora até a chegada do socorro, que só ocorreu com a ajuda de uma concorrente, a BRF Foods, que é vizinha da JBS.  Logo depois, ele foi encaminhado para o hospital mais próximo. “Preocupou bastante o despreparo da empresa para atuar em situações de emergência”, disse.
A unidade, que pertencia a Seara, foi adquirida pela JBS numa operação realizada em 2013. Segundo o dirigente, desde que a empresa se instalou no município, houve uma considerável piora nas condições de trabalho, arrocho salarial e retirada de benefícios.
“Sem contar que o diálogo com a JBS é nulo. Inadmissível que uma empresa receba tantos recursos do BNDES e não tenha qualquer preocupação com o trabalhador, que por pressão e medo de perder o emprego acaba se submetendo a essas condições, como no caso do operário que teve a mão decepada pela máquina”, lamentou o dirigente.
Diante desta preocupante realidade, o Sindicato tem feito diversas denúncias. A JBS, inclusive, já foi alvo de fiscalização do Ministério Público do Trabalho e autuada por uma série de infrações.
Wagner informou que o Sindicato já tomou as providências cabíveis, comunicando o acidente ao Ministério do Trabalho local e ao Ministério Público. 
Em visita ao operário no hospital, Wagner assegurou que a entidade atuará para garantir todos os seus direitos.