quinta-feira, 30 de abril de 2009

Violência da sala de aula e saúde do professor



Violência na sala de aula adoece professor, diz estudo
Glória Tupinambás - Estado de Minas

A violência em sala de aula é maior nas escolas particulares do que na rede pública de ensino de Minas Gerais. Pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), feita em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), mostra que mais de 40% dos educadores de instituições privadas já foram agredidos ou ameaçados por alunos, pelo menos uma vez. As ocorrências envolvendo estudantes com condições de pagar por caras mensalidades superam os casos de agressão nas escolas públicas, onde 37,6% dos professores foram vítima de algum tipo de violência (verbal ou física) no último ano, segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC). Apesar das estatísticas, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas (Sinep-MG) nega essa realidade no estado. A pesquisa, intitulada O trabalho e o agravo à saúde dos professores da rede privada de ensino de Minas Gerais, entrevistou 2.484 educadores, o que representa cerca de 10% do total de profissionais da área no estado. Os questionários, elaborados pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro/MTE), foram aplicados entre março de 2007 e novembro do ano passado, em 14 regiões mineiras. Os dados, coletados em perguntas abertas e fechadas respondidas por educadores desde a educação básica até o ensino superior, traçam um perfil socioeconômico do profissional de educação do estado e detalha as condições de trabalho e a saúde física e mental desse público. Uma das principais conclusões do estudo é o endurecimento no contato entre aluno e professor. Segundo a pesquisa, além do alto índice de violência na sala de aula, a relação direta dos estudantes com os educadores é a principal causa de desgaste entre os docentes, com 40,25% das respostas. Há também problemas no relacionamento dos profissionais com os pais e responsáveis pelos jovens, sendo que esse quesito é apontado por 13,4% dos professores como uma fonte de desgaste. Na avaliação do Sinpro, o grande vilão do embate é a mercantilização do ensino. “A escola privada hoje se comporta como uma empresa e o aluno é visto como um cliente. Diante disso, é cada vez menor o respeito do estudante pelo educador e isso se traduz em ofensas, ameaças e atitudes violentas. Outro agravante é que o professor não encontra respaldo da direção para recriminar ou chamar a atenção dos jovens. Com medo de perder o lucro das mensalidades, a escola dá razão ao estudante. Essa falta de segurança leva ao adoecimento do profissional”, alerta a coordenadora da pesquisa pelo Sinpro, Maria das Graças Oliveira. O levantamento aponta os três principais problemas de saúde decorrentes das más condições de trabalho. A hipertensão, vinculada ao estresse; desgaste das cordas vocais, dores de garganta e rouquidão; e cansaço físico e mental. De acordo com o pesquisador da Fundacentro, Celso Amorim Salim, o trabalho é um valioso banco de dados que permite analisar o conjunto de variáveis que interfere na saúde e segurança do profissional de educação. “A pesquisa reflete um momento da sociedade em que a pressão sobre o trabalhador é muito grande. Mas é especialmente preocupante os desgastes na relação dos professores com os alunos e com os pais”, diz Salim, que também é sociólogo e especialista em demografia. Trauma Vítima de uma ameaça no fim do ano passado, a professora Aline (nome fictício) conta que sofre hoje com a falta de motivação para o trabalho. Durante a aplicação de provas de recuperação para um aluno da 8ª série do ensino fundamental, em dezembro, ela foi intimidada pelo estudante. “O menino reclamou da dificuldade do teste e perguntou, aos gritos, se eu sabia que era ele quem pagava o meu salário. Levei o caso para a coordenação do colégio e os pais foram chamados. Eles deram razão ao aluno e ainda culparam a escola pelo mau desempenho do filho. Esse tipo de problema aumenta a indisciplina dos jovens e dificulta o desenvolvimento do nosso trabalho”, lamenta ela, que acumula 18 anos de experiência em sala de aula. O Sindicato das Escolas Particulares de Minas contesta os dados divulgados terça-feira e defende que “a violência é maior em instituições públicas, principalmente nas de periferia”. “Às vezes, há um bate-boca, uma resposta atravessada ou indelicada do aluno e o professor considera isso uma agressão. Não posso dizer que a pesquisa não seja verdadeira, mas as estatísticas me surpreendem muito, pois, em 50 anos de magistério, não foi essa a realidade que eu vivenciei. Pode haver um caso aqui ou ali de desentendimento, mas o professor é tratado com o maior respeito possível. Quanto aos problemas de saúde, não acredito que isso seja exclusividade apenas de uma categoria. Há alguma profissão sem desgaste ou estresse?”, questiona o presidente do Sinep-MG, Ulysses Panisset
Fonte: Clipping da Assessoria de Comunicação Social da Fundacentro - 30/04/2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Biblioteca Mundial Digital

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) está lançando a Biblioteca Digital Mundial, que permitirá consultar gratuitamente - pela internet - o acervo de grandes bibliotecas e instituições culturais de inúmeros países, entre eles o Brasil.
Por enquanto são mais de mil livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações de bibliotecas em todo o mundo, digitalizados e traduzidos em diversas línguas para o site da Biblioteca Digital da Unesco (
www.wdl.org ). A navegação é fácil e agradável. Cultura à disposição!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Tempo - ter ou não ter?

Sueli Matos
Comecei a interessar-me pelo tema Administração do Tempo logo assim que ingressei numa equipe responsável pelo Desenvolvimento Gerencial de uma empresa de grande porte do setor elétrico.
O motivo principal foi que percebi, com o tempo, que todas as ditas "ferramentas gerenciais" de uma forma ou de outra, influenciavam ou eram influenciadas pelo gerenciamento do tempo do gestor, e na verdade de todos nós.
Dentre as várias correntes e metodologias de Administração do Tempo aquela com que mais me identifiquei, baseava seus conceitos em quatro princípios básicos. Didaticamente ficava mais fácil organizar as idéias e mecanismos de Administração do Tempo subdivididos nos princípios de Objetivo, Concentração, Proteção e Controle do Tempo.
No fundo, no fundo, tudo se resumia à nossa capacidade de planejar e priorizar. Esta capacidade é fortemente influenciada por nossos valores e crenças. Parece simples, não? Mas por que num mundo de hoje, com tantas tecnologias criadas para otimizar nossos contatos, agilizar ações e conseqüentemente economizar tempo, nos vemos constantemente premidos por ele e reclamando não ter tempo?
Tenho procurado estar atenta e observando a mim mesma desde que descobri que o tempo não dá para ser administrado. Não dá para esticá-lo. Neste quesito todos somos iguais, temos as mesmas 24 horas por dia. Então, resta-nos utilizá-las melhor. E, qual é efetivamente seu melhor uso? Acho que aí está o grande "x" da questão. Depende de nós, como a maioria das coisas que nos acontece. A questão é querer, desejar, decidir...
Através das minhas observações e vivências, queria trabalhar com a variável "tempo", mas não da forma que nos tornássemos escravos dele. Não gostaria de me referir, exclusivamente, aos milhões de ferramentas, burocráticas e tecnológicas, criadas para economizar tempo, tentando ensinar como utilizá-lo melhor.
Quero falar de vivermos o nosso dia-a-dia sem culpas, sem angústias do que não foi feito, sem estarmos ansiosos por fazer mais e sempre achando que poderia ser diferente, que o tempo poderia ser melhor aproveitado.
Quero que saibamos lidar com essas 24 horas para que tenhamos mais prazer, curtamos mais cada realização, respeitando nosso momento e possibilidades. Enfim, tendo mais vida. Como ensinou Confúcio "escolha um trabalho de que gostas e não terás de trabalhar um único dia em tua vida". E este também é o lema, sem dúvida, de uma moderna área de Recrutamento & Seleção: encontrar a pessoa certa, para o lugar e empresa que se adequem ao seu perfil. Afinal, não existe empresa feliz composta de empregados infelizes.
De que maneira posso colaborar, pergunto-me? Compartilhando com todos vocês minhas inquietudes a respeito, pois sabemos que o mundo não precisa de pessoas mornas e a informação de nada vale se nada fizermos com ela.
Estou consciente de que, embora conhecedora e interessada por grande parte da teoria, encontro-me, às vezes, não conseguindo aplicar tanto quanto gostaria. Mania de perfeição? Talvez, e aí está a primeira regra deste jogo: reconhecer nosso modo de ser e respeitá-lo.
Saber não significa sabedoria. Sabedoria inclui o fazer. Fazer consciente de que aquela é a melhor maneira de usar o meu tempo, aqui e agora, e não sentir culpa por abrir mão de outras coisas e outros afazeres. Identificar que, se privilegiamos aquela atividade, naquele momento, é porque ela era a nossa prioridade. Talvez, o importante seja observar porque ela está sendo priorizada, naquele momento, se isto incomodar.
Bem, na medida em que priorizamos, já estamos de certa forma praticando os quatro princípios pois, teoricamente, temos claro nosso objetivo, colocaremos ao seu dispor toda nossa energia, nos concentrando no que estamos fazendo, controlaremos e protegeremos nosso tempo contra eventuais e inoportunas interrupções.
É o que estou fazendo agora, ao voltar minha atenção para escrever este artigo. Ah, se vocês imaginassem o que deixei de lado! Mas, quero que tenham a certeza de que me fez muito bem e espero que a leitura deste texto faça o mesmo com vocês.
Se conseguirem mudar um pouquinho que seja - não busquem apenas grandes feitos - sua maneira de ser, naquilo que lhe causar incômodo e aceitar você do jeitinho que você é e as coisas, que você não possa mudar do jeito que são, irão conviver harmoniosamente com o universo à sua volta e certamente já estarão praticando o gerenciamento do tempo e, espero, sendo muito mais felizes.
Caso queiram compartilhar mais idéias sobre o assunto, falem comigo. É impressionante como crescemos melhor quando trabalhamos em conjunto!
Fonte: www.suelimatos.com.br

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Reflexões sobre a autonomia

Recebo muitas mensagens de pais às voltas com a educação dos filhos, e um fenômeno tem me chamado a atenção: a correspondência de pais cujos filhos fazem cursinho ou estão na faculdade tem crescido bastante. O ditado popular "filho criado, trabalho dobrado" agora parece ter aplicação literal.
São várias as questões com as quais os pais têm dificuldades de lidar: um jovem não quer estudar nem trabalhar, outro já prestou vestibular três vezes e quer fazer mais um ano de cursinho porque não desiste de tal universidade, uma jovem que acredita ter feito uma escolha equivocada de curso e agora quer largar tudo, outro que exige um carro porque não quer usar transporte coletivo etc.
Apesar da diversidade de situações, podemos arriscar uma hipótese abrangente: muitos jovens hesitam em entrar na vida adulta. Essa adolescência estendida tem sido construída com o apoio das instituições mais importantes na formação deles: a família e a escola.
Nunca falamos tanto em autonomia quando tratamos da educação dos mais novos. Pais de crianças com menos de cinco anos já autorizam o filho a passar a noite em casa de conhecidos, permitem que escolha suas roupas, brinquedos e até a escola que frequentará. Um pouco mais tarde, em nome da autonomia, muitas crianças são abandonadas à mercê de seus parcos recursos de autocontrole.Isso quer dizer que damos autonomia às crianças e aos adolescentes quando ainda não têm competência para usá-la.
Aliás, nunca é demais lembrar que o processo de construção da autonomia passa, necessariamente, pela heteronomia, ou seja, por um período de submissão a alguns adultos. Parece que essa autonomia significa sair de cena para que o jovem "protagonize" sua vida. Mas é preciso entender que a passagem da heteronomia à autonomia ocorre a partir da adolescência, jamais na infância, e com a devida tutela dos pais e da escola, que devem acompanhar como o jovem administra a liberdade pela qual terá de se responsabilizar.
Tal atitude faz parceria com outra assumida por muitos pais. Eles fazem de tudo para evitar que os filhos sofram, enfrentem as dificuldades da vida, se frustrem, arquem com as responsabilidades sobre seus atos. Ao mesmo tempo, tentam oferecer-lhes a melhor vida social possível.
Isso faz com que os jovens cheguem ao final da adolescência sem autoconfiança, sem orgulho de seus feitos, com enorme dificuldade para perseverar diante das dificuldades e com medo do futuro. Aí dá para entender sua falta de resistência diante da adversidade, dos obstáculos e das exigências do final da adolescência. A opção que surge, então, é estender esse período, evitar a responsabilidade de ser adulto, viver por sua própria conta e risco.
Os pais que querem ajudar esses jovens precisam sair de cena, ainda que tardiamente, para que eles finalmente tenham oportunidade de realizar o potencial que têm.
Fonte: http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/arch2009-04-01_2009-04-15.html
Escrito por Rosely Sayão

terça-feira, 7 de abril de 2009

Gestão de Pessoas e Gestão do Conhecimento: uma reflexão

Hilda Alevato

Há meses, quando recebi um convite da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, Seção Rio, para uma palestra sobre a relação entre os modelos de gestão de pessoas e a gestão do conhecimento organizacional, logo me veio à mente a lembrança de uma experiência profissional que vivi há alguns anos. Convidada pela “Gerente de Talentos Humanos” de uma grande empresa nacional, para uma “consultoria”, justificada pelos problemas “comportamentais” dos empregados, fui visitar seu escritório.
A princípio, o nome de sua função me despertou a curiosidade: “Gerente de Talentos Humanos”. Ao agradecer o convite e agendar nosso primeiro encontro, recebi, por e-mail, um conjunto muito interessante de textos explicativos da mudança de “Gerente de Recursos Humanos” para a nova denominação, associada à adoção de um importante aporte filosófico de caráter humanista. Eram cadernos escritos com sabedoria, fundamentos e estilo, positivamente surpreendentes num universo de manuais e cartilhas muito limitadas a conselhos práticos, típicos do ramo de atividade. Fiquei muito bem impressionada com o material e fui ao encontro, cheia de expectativas.
Fui recebida à porta, por uma jovem senhora, elegante e altiva. Seu tom de voz era compatível com sua altura: intimidador. Seguimos por um labirinto entre divisórias, por sobre as quais ela procurava visualizar todo o agitado salão. Sua pequena “sala” ficava mais ou menos ao centro de todo o conjunto. Lá, uma estagiária ocupava uma mesinha ao lado da sua. Ela me convidou a sentar e começamos a conversar.
De início, a citação do material enviado me mobilizou. Falamos um pouco sobre o processo de implantação da nova filosofia e ela me apresentou argumentos bem consistentes sobre a rejeição à idéia de seres humanos tratados como “recursos”. A imagem que ela passava da empresa era de um ambiente acolhedor, dinâmico e estimulante, com lideranças qualificadas e preparadas para o processo em curso. Então, eu perguntei sobre o motivo do convite que me levava a ela.
Repentinamente, sua atitude alterou-se, seu corpo se enrijeceu e sua fala pareceu querer atingir o mais distante funcionário em todo aquele salão, recortado em pequenos cubículos. Com certo tom de “ressentimento”, ela me explicou que estavam perdendo todos os “trainees” para a empresa concorrente. Trabalhavam com eles, ofereciam cursos, desenvolviam suas competências, tinham o sistema de gestão afinado com as tendências das melhores empresas do mundo e, mesmo assim, eles estavam sempre “desmotivados” e migravam de emprego quando qualquer oportunidade surgia. Sem aparentar hesitação, ela afirmou, em bom volume de voz: “sabe, agora decidimos que se querem ir, que vão. Não interessa! Não vamos fazer nenhum esforço para preservá-los aqui. Temos uma fila de desempregados aí fora querendo entrar! Podem ir! Vão-se os trainees, mas o conhecimento fica! Pensam que os concorrentes nos ameaçam? Nem um pouco... O conhecimento fica!”
O olhar da estagiária para mim – se pudesse ser aqui reproduzido – explicaria tudo. O salão, antes movimentado, vivo, agora parecia silencioso, como se estivesse vazio. O discurso da gerente, sem dúvida, havia provocado impacto. A questão, porém, é: quais os efeitos de sentido que sua fala tinha sido capaz de evocar?
O campo da comunicação é, sem dúvida, um dos mais relevantes quando se trata de gestão. Na situação que estamos descrevendo, a prática comunicativa de minha anfitriã era desastrosa. Em poucos instantes, ela conseguiu não apenas interferir na dinâmica daquele dia de trabalho dos empregados, como também anular toda a qualidade que eu identificava nos documentos da empresa. Mesmo sua apresentação anterior, um verdadeiro case para qualquer seminário empresarial, parecia agora um grande engodo, preparado para impressionar, não para funcionar. Até eu estava com vontade de ir embora!
Dentre muitos outros pontos que poderiam ser trazidos à discussão aqui, a reflexão sobre a conexão entre a gestão do conhecimento e o modelo de gestão de pessoas se destaca. Não me refiro à gestão (do conhecimento, das pessoas etc.) descrita nos documentos da empresa – no caso, exemplares – mas à prática explicitada nas atitudes daqueles que deveriam ser seus melhores porta-vozes. Como é tratado o conhecimento numa empresa na qual aquilo que se registra não é o que se efetiva? O que é conhecimento quando se imagina que “ele fique”, ainda que as pessoas não?

Frequentemente nos encontramos diante de situações semelhantes. Assoberbados com as fantásticas tecnologias disponíveis e tudo o que trazem a reboque, especialmente em termos de informações, pressões e oportunidades, nos apropriamos de conceitos, emblemas e bandeiras sem nos darmos conta do que significam ou do contexto em que se inserem. Algumas vezes, nossas atitudes parecem demonstrar que contratamos a redação de um fantástico projeto, mas esquecemos que o projeto sozinho – ainda que escrito dentro das recomendações mais avançadas no campo da gestão – não se transforma em realidade, nem a transforma.
A gestão do conhecimento organizacional – pouco importa o modelo adotado pela empresa – está imbricada na gestão das pessoas. Não são dois processos distintos, porque muito além da estruturação, documentação, preservação e expansão dos conhecimentos, estão as pessoas. Sem a devida atenção à gestão das pessoas, nenhum mecanismo ou modelo tem chance de ser bem sucedido.
Rubem Alves, em seu inspirado livro “Ostra feliz não faz pérola”, nos oferece um interessante parágrafo para refletir sobre a essência da “gestão do conhecimento”:
"Havia um homem apaixonado por estrelas. Para ver melhor as estrelas ele inventou a luneta. Aí formou-se uma escola para estudar a sua luneta. Desmontaram a luneta. Analisaram a luneta por dentro e por fora. Observaram os seus encaixes. Mediram as suas lentes. Estudaram a sua física ótica. Sobre a luneta de ver as estrelas escreveram muitas teses de doutoramento. E muitos congressos aconteceram para analisar a luneta. Tão fascinados ficaram pela luneta que nunca olharam para as estrelas".

Publicado no C25 Notícias, ano 13, n. 57, fev/2009. Boletim Informativo da ABNT http://www.abntcb25.com.br/cb25noticias/ed57/jornal57.htm