terça-feira, 16 de setembro de 2008

'Carinho' pode aliviar a dor, diz pesquisa

Toque carinhoso ativa fibras nervosas e diminui sensação de dor.

Da BBC

Um toque carinhoso pode ajudar a aliviar a dor, ajudar crianças em seu desenvolvimento e auxiliar em tratamentos para depressão, segundo uma pesquisa apresentada nesta semana no Festival de Ciências da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Liverpool.

Segundo o neurocientista Francis McGlone, da Universidade de Liverpool, um sistema de fibras nervosas presentes na pele responde a toques carinhosos, do mesmo modo que os receptores de dor, e quando estimulado pode, inclusive, diminuir a atividade nos nervos que transportam a sensação de dor.

O cientista e seus colegas das universidades de Uppsala e Gotemburgo, na Suécia, explicam que há três tipos principais de fibras nervosas na camada exterior da pele. Eles são divididos de acordo com a velocidade com que conduzem - como um fio - as atividades bioelétricas para o cérebro.

Dois desses tipos são chamados de fibras A, e são cobertos por uma camada de gordura (mielina) que atua como um isolamento em volta do fio e contribui para a alta velocidade de condução.

Mas o terceiro tipo, chamado de fibras C, não tem a camada de mielina e tem velocidade mais lenta. As fibras A são responsáveis pelo sinal quase instantâneo, que provoca uma reação por reflexo antes mesmo que o cérebro possa identificar o que houve.

As fibras C, da chamada "segunda dor", são as que levam a sensação da dor mais profunda e duradoura ao cérebro.

Os cientistas descobriram que também há fibras do tipo C que respondem a estímulos de prazer. E, quando elas são estimuladas, a atividade nas fibras condutoras de dor diminui.

Sensibilidade

Segundo a pesquisa, assim como com a dor, algumas partes do corpo são mais sensíveis ao toque do que outras, e a sensação de prazer proporcionada é diferente da obtida quando o carinho é aplicado a áreas sexuais.

Essas fibras levariam o sinal de prazer para a região do cérebro responsável por "recompensas", e explicaria ainda por que as pessoas gostam de passar cremes, escovar os cabelos e até porque um abraço, ou mesmo a mão no ombro, podem ser mais eficientes, no alívio da dor, do que palavras.

Para isolar os nervos responsáveis pelo prazer, os cientistas construíram um "estimulador de tato rotativo" - uma máquina de acariciar voluntários.

"Nós construímos um equipamento muito sofisticado, então, o estímulo (do tato) pode ser repetido bastante", disse McGone.

"Nós acariciamos a pele (do antebraço, da canela e do rosto) com um pincel em diferentes velocidades e depois pedimos aos voluntários que dissessem o quanto gostaram de cada movimento."

Ele também inseriu microeletrodos nos nervos da pele, para registrar os sinais nervosos enviados da pele para o cérebro.

Os cientistas concluíram que o carinho apontado como o mais prazeroso era também o que provocava maior resposta nervosa.

Nova dimensão

Os cientistas afirmam que as únicas regiões que não contam com essas fibras são a palma da mão e a sola do pé, caso contrário seria difícil o uso de ferramentas, ou mesmo uma caminhada.

A sensação de prazer acrescenta uma quarta dimensão aos sentidos clássicos atribuídos à pele, que incluem o toque, a sensação de temperatura (frio ou quente) e a dor/coceira.

A equipe agora quer estudar uma série de condições clínicas, como depressão e autismo, que sabidamente têm ligações com o tato - a maioria das crianças autistas não gosta de ser abraçada ou acariciada, e muitos pacientes de depressão demonstram sinais claros de falta de cuidado com o corpo.

Os cientistas acreditam até que a depressão possa ter origem em carência de cuidado maternal e experiências ainda na infância de falta de carinho físico e sugerem que o carinho pode ser usada para tratar dores crônicas.

Fonte: G1 - Portal de Notícias da Globo



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tomar decisões extenua o cérebro

O cérebro é como um músculo: quando cansado torna-se menos eficaz.


A mente humana é uma máquina notável, porém limitada. Recentemente, um conjunto crescente de pesquisas tem focalizado certa limitação mental, relacionada à nossa capacidade de usar uma peculiaridade da mente conhecida como função executiva. Quando se concentra em uma tarefa específica por um período prolongado ou se opta por comer uma salada em vez de um pedaço de bolo, os músculos da função executiva estão sendo flexionados. Os dois processos mentais exigem esforço consciente ─ de resistir à tentação de deixar a sua mente vagar ou de sucumbir ao prazer da sobremesa. O problema é que a utilização da função executiva ─ um talento em que todos confiam do começo ao fim do dia ─ recorre a uma única fonte cerebral de capacidade limitada. Quando esse recurso é esgotado por uma atividade, nossa capacidade mental pode ser seriamente reduzida para outras atividades aparentemente estranhas. Imagine que precisa tomar uma decisão muito difícil, por exemplo, decidir entre duas ofertas de emprego, qual aceitar. Uma posição oferece boa remuneração e segurança, mas é bastante trivial, enquanto que outra é realmente interessante e oferece remuneração razoável, mas não proporciona segurança. É claro que você pode resolver este dilema de muitas maneiras. Poucas pessoas, no entanto, diriam que sua decisão seria afetada ou influenciada por ter resistido ou não, ao desejo de comer biscoitos antes de estudar as ofertas de trabalho. Uma década de investigação psicológica sugere o contrário. Atividades independentes que sobrecarregam a função executiva têm efeitos prolongados importantes, e pode perturbar a capacidade de tomar uma decisão séria. Em outras palavras, você poderá escolher o emprego errado porque não ter comido um biscoito.

Tarefas Onerosas
Mas, que tipo de ações esgota a função executiva e afetam a tomada de decisões posteriores? Até recentemente, pesquisadores concentraram-se em atividades que envolviam o exercício do autocontrole ou o direcionamento da atenção. Por exemplo, há muito se admite que tarefas cognitivas extenuantes ─ como submeter-se ao Teste de Aptidão Escolar (SAT, em inglês) ─ pode tornar mais difícil concentrar-se depois. Resultados recentes sugerem que essas atividades mentais exigentes podem ser de âmbito muito mais amplo ─ e podem até envolver a própria atividade de fazer escolhas. Em uma série de experiências e estudos de campo, a psicóloga da University of Minnesota, Kathleen Vohs e colegas, demonstraram repetidamente que o simples ato de fazer uma escolha pode empobrecer os recursos executivos. Pesquisadores descobriram que participantes que fizeram mais escolhas em um shopping center, eram menos susceptíveis a persistir e se sair bem na resolução de problemas simples de álgebra. Em outra tarefa do mesmo estudo, os estudantes que deviam marcar suas preferências sobre cursos necessários para completar sua graduação tinham mais chances de adiar a preparação para um teste importante. Em vez de estudar, essas mentes "cansadas" se envolviam em atividades de lazer e distração.
Por que é tão difícil tomar uma decisão? Evidências envolvem dois componentes importantes: compromisso e decisão sobre escolhas conflitantes. O primeiro tem por base a noção de que se comprometer com uma determinada ação exige uma mudança do estado de deliberação para o de execução. Em outras palavras, é preciso fazer uma transição da reflexão sobre opções para realmente dar prosseguimento a uma decisão. Essa mudança, segundo Vohs, exige recursos das faculdades executivas. Em uma investigação paralela, o professor Nathan Novemsky e seus colegas da Yale University sugerem que o simples ato de resolver escolhas conflitantes pode ser extenuante. Por exemplo, cientistas mostram que pessoas que tinham que avaliar o grau de atração entre diferentes opções ficavam muito menos esgotadas que aquelas que tinham que fazer escolhas exatamente entre as mesmas opções.


Exigente nas Escolhas
Estas conclusões têm implicações importantes no mundo real. Se fazer escolhas esgota os recursos executivos, então as decisões subseqüentes podem ser afetadas negativamente pois somos forçados a escolher com um cérebro fatigado. Com efeito, a psicóloga da University of Maryland, Anastasiya Pocheptsova e seus colegas, observaram exatamente esse efeito: indivíduos que tinham que prestar atenção ─ o que exige controle executivo ─ fizeram escolhas significativamente diferentes de pessoas que não precisaram controlar a atenção. Essas opções seguem um padrão muito específico: dependem de uma forma cada vez mais simplista, e muitas vezes inferior, de um processo mental, e assim podem ceder a um engano perceptivo. Por exemplo, participantes que foram solicitados a ignorar as legendas interessantes de um videoclipe enfadonho ficavam muito mais propensos a escolher uma opção mais próxima de um “engano” claramente inferior ─ uma opção semelhante a uma das boas escolhas, mas que obviamente não era tão boa ─ do que participantes que assistiram ao mesmo clipe, mas que foram solicitados a não ignorar nada. Provavelmente, a tentativa de controlar a atenção e ignorar uma sugestão interessante exauriu o limitado recurso das funções executivas, tornando significativamente mais difícil ignorar a existência da opção inferior. Os indivíduos com cérebros excessivamente solicitados tomam piores decisões. Esses resultados experimentais sugerem que o cérebro funciona como um músculo: quando esgotado, torna-se menos eficaz. Portanto, devemos levar em conta esse conhecimento ao tomar decisões. Se passarmos muito tempo concentrados em uma tarefa específica, exercitando o autocontrole ou mesmo se fizermos apenas uma série de escolhas aparentemente pequenas, então não devemos tentar tomar uma decisão importante. Estes efeitos prejudiciais acumulativos de um cérebro cansado podem ter um efeito desastroso no rumo de nossas vidas. Questões da Mente é editada por Jonas Lehrer, escritor científico que mantém o blog The Frontal Córtex (Córtex Frontal) e do livro Proust was a Neuroscientist (Proust era Neurocientista)

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/tomar_decisoes_extenua_o_cerebro.html

Exercício físico não tem efeito sobre a depressão, afirma estudo



Pessoas que não gostam de se exercitar têm tendência a serem mais depressivas.No entanto, não há uma relação de causa e efeito entre as duas coisas.

Muitas pessoas têm certeza que os exercícios físicos melhoram o humor, e estudos têm sugerido que a prática de exercícios é quase tão eficaz quando antidepressivos no alívio de sintomas de depressão. Porém, um novo estudo descobriu que até mesmo pessoas fortes que se exercitam têm menos tendência a se sentirem depressivas e ansiosas, e isso provavelmente não ocorre porque eles se exercitam.

Pesquisadores holandeses estudaram 5.952 gêmeos do Registro de Gêmeos dos Países Baixos, assim como mais 1.357 irmãos e 1.249 pais, todos com idade entre 18 e 50 anos. Os pesquisadores registraram dados sobre a freqüência e a duração dos exercícios e usaram escalas bem variadas para descobrir sintomas de depressão e ansiedade. O estudo foi publicado no The Archives of General Psychiatry.

Estudar os gêmeos permitiu aos pesquisadores distinguir entre fatores genéticos e ambientais, e descobriram que a associação do exercício físico à redução da ansiedade e sintomas depressivos pode ser explicada geneticamente: pessoas sem inclinação aos exercícios também tendem a serem depressivas. Uma coisa não causa a outra.

Isso não significa que a prática de exercícios é inútil para aliviar sintomas depressivos. “Exercitar-se ainda pode ser benéfico para pacientes que estão sendo tratados contra um distúrbio de ansiedade ou depressivo”, disse Marleen H. M. de Moor, principal autora do estudo e doutoranda em psicologia da VU University Amsterdam. “Mas não conseguimos encontrar evidências para um efeito causal na população como um todo.”

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL725736-5603,00.html

Checar e-mail com muita freqüência pode ser sinal de estresse, diz estudo



Cientistas classificam pessoas em três categorias: relaxados, orientados e estressados.

Um estudo feito por cientistas britânicos afirma que pessoas que checam seus e-mails com muita freqüência podem estar sofrendo de estresse.
O estudo de pesquisadores de universidades da Escócia -- um matemático, uma técnica em informática e um psicólogo -- classificou os usuários em três categorias: relaxados, orientados e estressados.
Os "estressados" se sentem pressionados a responder todos os e-mails na medida em que eles chegam e não usam o correio eletrônico como um instrumento útil para a vida pessoal e para o trabalho.
Os "relaxados" olham o e-mail quando bem entendem e não se deixam pressionar por pessoas que estão distantes. Já os "orientados" sentem alguma necessidade de usar o e-mail, sempre respondem às mensagens imediatamente e esperam o mesmo das outras pessoas.

Auto-estima e controle da vida
A pesquisa foi feita com questionários respondidos por 177 pessoas -- a maioria em profissões acadêmicas ou que envolvem comunicação e criatividade. Nessas atividades, que em geral requerem bastante concentração, o e-mail tem potencial para ser uma grande fonte de distração.
Entre os entrevistados, 64% disseram checar seus e-mails pelo menos uma vez por hora e 35% afirmaram que olham o correio eletrônico a cada 15 minutos. No entanto, os cientistas acreditam que a freqüência pode ser ainda maior, já que outras pesquisas mostram que muitas pessoas nem percebem mais o ato.
O estudo também analisa a influência que a auto-estima e o controle sobre a própria vida têm nos hábitos de ler e-mails, usando escalas definidas pela psicologia tradicional.
A pesquisa indica que muitas das pessoas que disseram ter pouco controle sobre a própria vida estão na categoria dos "estressados" com e-mail.
Já a baixa auto-estima é uma característica mais presente entre os "orientados", aqueles que sentem alguma pressão a olhar seus e-mails.
A pesquisa cita outro estudo feito em 2001 que mostra que, após pararem suas atividades para ler um e-mail, as pessoas demoram, em média, 1 minuto e 4 segundos para lembrar o que estavam fazendo.
"Enquanto essa contínua mudança pode parecer benéfica em termos de se conseguir administrar atividades múltiplas, aumentando assim a produtividade, o lado ruim disso é que o ritmo acelerado de trabalho pode ter efeitos negativos na saúde", diz a pesquisa dos cientistas britânicos.
"Existe muita evidência que esse ritmo acelerado está ligado ao estresse."

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL741196-6174,00.html

Política, não genética, determina saúde global, diz OMS

Estudo da OMS aponta que injustiças sociais estão "matando pessoas"

Um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde aponta que fatores sociais, mais do que a genética, são os responsáveis pela enorme variação dos níveis de saúde e expectativa de vida da população mundial.
Fruto de três anos de pesquisas, o relatório conclui que as injustiças sociais estão "matando as pessoas em larga escala".
"A combinação tóxica de políticas sociais e econômicas ruins é uma das grandes responsáveis pelo fato de que a maioria das pessoas no mundo não possa usufruir de boa saúde", aponta o estudo.
O relatório da comissão destacada pela OMS aponta que em quase todos os países, condições sociais e econômicas ruins estão ligadas a más condições de saúde.
A comissão responsável pelo estudo alerta os governos sobre como suas políticas podem ter impacto direto na saúde e afirma que é possível reduzir as desigualdades nestas condições em um período relativamente curto de tempo.
"Há exemplos de lugares em que as desigualdades de saúde diminuíram, mas em grande parte dos casos, ela está ficando maior", declarou o líder da comissão, Sir Michael Marmot, à radio BBC 4.
"Nós confiamos muito nas intervenções médicas como um modo de aumentar as expectativas de vida, mas um meio mais eficiente seria se cada política governamental e programa fosse guiado pelo impacto que possa ter na saúde", declarou Marmot.
O relatório aponta educação, moradia acessível, proteção social e a administração do acesso a alimentos pouco saudáveis como pontos-chave para estas melhorias.
A comissão ainda diz que os governos deveriam agir no sentido de aumentar salários e melhorar condições de trabalho.
Desigualdades internas
"Nossas crianças têm expectativas de vida dramaticamente diferentes dependendo do lugar onde nasceram. No Japão e na Suécia elas podem esperar viver mais de 80 anos; no Brasil, 72 anos; na Índia, 63; e em muitos países da África, menos de 50. Mesmo dentro dos países as diferenças são dramáticas", aponta o estudo.
Segundo o relatório, um australiano descendente de povos aborígines, por exemplo, tem uma expectativa de vida 17 anos menor do que outros homens australianos da mesma idade.
Já um bebê nascido na Bolívia de uma mãe sem escolaridade tem 10% de chances de morrer cedo, enquanto este nível pode cair para 0,4 % de chances se a mãe tiver estudado até o nível secundário.
O relatório aponta também que o crescimento econômico de um país não tem necessariamente relação com uma melhoria nos níveis da saúde. Sem a distribuição dos benefícios, na verdade, o crescimento econômico pode exacerbar as desigualdades.
Além disso, países relativamente pobres, como Cuba, Costa Rica e Sri Lanka conseguiram atingir bons níveis de saúde.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL740604-5603,00.html

Dor emocional 'dura mais que dor física', diz estudo

Evolução do córtex cerebral tornaria memória de dor social mais 'vívida', dizem cientistas.

Experiências emocionalmente dolorosas sobrevivem mais tempo na memória que a dor física, afirmaram psicólogos americanos.
O estudo da Universidade Purdue, em Indiana, foi feito com base em respostas de voluntários, todos universitários, sobre os eventos dolorosos que eles tinham vivenciado nos últimos cinco anos.
Primeiro, eles foram estimulados a recordar dores físicas e emocionais que haviam vivenciado. Depois, foram submetidos a um difícil teste mental, partindo do princípio de que quanto mais dolorosa a lembrança da experiência, pior o desempenho nos testes.
O resultado sugeriu que as lembranças de dores emocionais eram muito mais vívidas que as outras. Nos testes, as pessoas que recordaram de dores físicas se saíram melhor.

Social evolução

Em um artigo na revista médica Psychological Science, os cientistas disseram que é muito mais difícil reviver a dor física que relembrar dores "sociais".
Zhansheng Chen, que liderou a pesquisa, disse que a razão provavelmente está relacionada à evolução do córtex cerebral, que processa pensamentos complexos, percepção e linguagem.
"Isto certamente melhorou a capacidade dos humanos de criar e se adaptar, de se relacionar em grupos e com grupos, comunidades e culturas, e de responder à dor associada às interações sociais", afirmou o pesquisador.
"Entretanto, o córtex cerebral também pode ter tido um efeito não-intencional de permitir aos humanos reviver, re-experimentar e sofrer a dor social."
Os pesquisadores agora pretendem repetir o experimento com pessoas mais velhas, com maior probabilidade de ter suportado dor crônica.
O psicólogo infantil Michael Hughesman concorda que é possível que a dor emocional seja processada em uma parte do cérebro diferente da que processa a dor física, e que por isso a 'duração' da dor seja diferente nos dois casos.
"Há algo de intangível em relação ao dano emocional. Com a dor física, você pode ver a ferida, mas no abuso emocional normalmente há temor e ansiedade remanescentes", afirmou.
"Se alguém no parquinho da escola diz que vai te pegar após a aula, você tende a ficar ansioso e com medo, mais que se alguém simplesmente chegar e bater em você."

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL741567-5603,00.html