terça-feira, 29 de abril de 2008

CONVITE:

MESA-REDONDA

Para lembrar o Dia do Trabalho

A TERCEIRIZAÇÃO CONSUMADA E SUAS REPERCUSSÕES PSICOSSOCIAIS

8 de maio de 2008 (quinta-feira),das 9h às 12h

Participantes:

Jacob Carlos Lima - Universidade Federal de São Carlos

Milton R. C. de Athayde - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Afonso Carlos C. Fleury - Universidade de São Paulo

Coordenação:

Anete Farina - Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho

Todo ano, durante o mês de maio, a equipe do Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho organiza atividades para lembrar o Dia do Trabalho. A temática, como não poderia deixar de ser, é sempre o trabalho tomado em suas múltiplas dimensões. Para este ano, organizamos uma mesa-redonda que terá como tema de debate a terceirização e suas implicações.

Local:

Instituto de Psicologia da USP - Auditório da Biblioteca Dante Moreira Leite
Av. Prof. Mello Moraes, 1721, bloco C
Cidade Universitária, São Paulo, SP
O evento é gratuito e não haverá inscrições prévias.

Promoção:

Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho - CPAT
Departamento de Psicologia Social do Trabalho,
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Flexibilidade no trabalho melhora produtividade e saúde dos funcionários

Estudo revela possibilidade de trabalhar em locais e horários diferentes aumenta produção.
Empregados também ficam mais leais à empresa, segundo pesquisa.


A flexibilidade das condições de trabalho representa um fator fundamental para manter os funcionários satisfeitos, produtivos e leais a sua empresa, afirmou um novo estudo.

Segundo pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, em Winston-Salem (Carolina do Norte), os funcionários que dispõem de maior flexibilidade quanto a suas condições de trabalho são menos propensos a afirmar que problemas de saúde afetam seu desempenho no emprego.

"Para os gerentes, os resultados da pesquisa sugerem que adotar esquemas de flexibilidade pode contribuir de maneira fundamental", afirmou Joseph Grzywacz, professor de medicina familiar na universidade.

A flexibilidade nos locais de trabalho diz respeito à capacidade dos empregados de modificar o local, o momento e a duração de suas tarefas.

Os dispositivos de telecomunicação, a liberdade para fixar os horários de trabalho e o compartilhamento de funções foram os tipos principais de flexibilidade citados no estudo, publicado na revista Psychologist-Manager.

Os pesquisadores analisaram os cadastros com informações sobre a saúde fornecidos por 3.193 funcionários de uma grande empresa farmacêutica. Por meio dessas informações, determinaram como a percepção do aumento ou redução da flexibilidade de um ano para o outro associava-se a uma variedade de fatores.

A diminuição da flexibilidade mostrou-se relacionada com uma redução do comprometimento pessoal com o emprego, mas teve pouco impacto na frequência das faltas, afirmaram.

Já oferecer uma variedade de situações alternativas de trabalho e treinar os gerentes e supervisores para serem compreensivos quanto às demandas da vida pessoal de seus funcionários podem ajudar a criar uma cultura de flexibilidade, acrescentaram os pesquisadores.



Pesquisa indica que 27% dos jovens britânicos se dizem 'deprimidos'

Uma pesquisa feita com 11 mil adolescentes britânicos revelou que mais de um terço dos jovens (27%) sentem-se deprimidos com freqüência.

Intitulado Good Childhood Enquiry (Investigação da Boa Infância), o levantamento ouviu adolescentes entre 14 e 16 anos em diversas regiões da Grã-Bretanha para avaliar as condições de saúde física e mental das crianças e adolescentes britânicos.

Além da depressão, 22% dos participantes afirmaram que se preocupam com o estado de sua saúde mental. Entre os entrevistados, 70% afirmaram que se sentem inseguros sobre a aparência e admitiram fazer dietas regularmente.

O documento cita outras pesquisas para afirmar que 20% das crianças e adolescentes britânicos apresentam problemas de saúde mental. Em fevereiro, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou um relatório no qual apontou a Grã-Bretanha como um dos piores locais para a infância entre os países desenvolvidos.

Segundo a ONG Children's Society, que encomendou a pesquisa, o objetivo é chamar a atenção do público e das autoridades sobre a importância da saúde mental das crianças.

"A saúde mental e o bem-estar das crianças foram tratados como pouco importantes, mas agora compreendemos que se quisermos que nossas crianças tenham uma infância melhor, essas questões precisam ser discutidas", disse Rob Reitemeier, presidente da Children's Society.

"Precisamos traduzir as preocupações em ações e investimentos em serviços de apoio."

Adultos

Como parte do estudo para avaliar as condições de saúde mental e física das crianças e adolescentes, a ONG também encomendou uma pesquisa para saber a opinião dos adultos.

O levantamento entrevistou cerca de 1,2 mil adultos, e os resultados indicam que, entre os participantes, 55% acreditam que as crianças são menos felizes agora do que há uma geração.

Quando questionados sobre as razões disso, 29% dos entrevistados afirmaram que os conflitos familiares seriam o principal impacto negativo na vida das crianças e adolescentes da atualidade, enquanto 23% disseram que a pressão exercida por outros adolescentes seria o pior fator.

As pesquisas fazem parte de um estudo conduzido desde 2007 pela Children's Society. Além da saúde mental, a organização já divulgou sondagens sobre a vida familiar, amizades, ensino e estilo de vida das crianças e adolescentes.

O resultado das pesquisas será divulgado ao lado de opiniões de especialistas em um relatório que tem publicação prevista para 2009.
Fonte: BBC Brasil.com

Estereótipo influi no sucesso e no fracasso, diz estudo

Um artigo publicado na edição deste mês da revista especializada Scientific American afirma que os estereótipos exercem grande influência sobre o sucesso ou o fracasso dos indivíduos.
Segundo o artigo, assinado por pesquisadores britânicos, o fracasso no trabalho, na escola ou em esportes não se deve necessariamente à falta de talento ou incompetência, mas também à maneira como cada um percebe o grupo social ao qual pertence.


Assim, por exemplo, mulheres asiáticas que fizeram testes de matemática obtiveram melhor desempenho ao serem lembradas de suas origens asiáticas (reforçando o estereótipo de que os asiáticos são melhores em matemática) que ao ter sua identidade feminina destacada (já que, segundo o estereótipo, mulheres são piores em matemática que os homens).


Da mesma forma, atletas brancos tiveram pior desempenho em jogos de golfe quando foram informados de que teriam sua "capacidade atlética natural" comparada à de jogadores negros. Em compensação, o grupo melhorou ao acreditar que se tratava de um teste de "inteligência estratégica esportiva".


Em outros experimentos, pessoas mais velhas tiveram rendimento pior em testes de memória após ser lembradas do estereótipo que as relaciona à capacidade cognitiva deteriorada.
Efeito positivo


Estudos anteriores tentaram vincular esta mudança de desempenho ao uso de áreas da memória que deixariam de ser utilizadas pelos indivíduos submetidos à ansiedade da "ameaça dos estereótipos".


Entretanto, isto não explicaria por que os estereótipos também podem ajudar a elevar o rendimento de membros de grupos considerados ‘os melhores’ – neste caso, esta percepção não altera os recursos de memória disponíveis, disseram os pesquisadores.


Para eles, a explicação é que "a ameaça dos estereótipos não é tanto uma questão de cognição em si, também de imagem pessoal e identidade".


"Embora alguns pesquisadores tenham saltado para a conclusão altamente polêmica de que as diferenças de desempenho refletem diferenças naturais entre os grupos, na verdade a raiz de muitas diferenças repousa sobre os estereótipos, ou pré-conceitos, que outros têm em relação ao grupo a que pertencemos", diz o estudo.


Ao mesmo tempo, o artigo afirmou que os estereótipos são flexíveis, e podem ser modificados para influenciar o desempenho dos indivíduos.


"De muitas maneiras, temos um estereótipo do estereótipo, que é errada. Os estereótipos não são necessariamente ruins, podem inclusive ser ferramentas de progresso", disse o professor Stephen Reicher, da Universidade St Andrews, na Escócia.


"Foi precisamente por desafiar estereótipos que ativistas como Steve Biko e Emmeline Pankhurst puderam alcançar a emancipação de negros sul-africanos e de mulheres britânicas."
Para os pesquisadores, os estudos em relação ao tema trazem "duas lições fundamentais".

"A primeira é tomar cuidado para não confundir desempenho e capacidade, especialmente ao tratar de grupos diferentes entre si, e compreender a força que as expectativas dos outros exerce sobre o que fazemos", dizem os pesquisadores.

"A segunda é perceber que não estamos fadados a ser vítimas de estereótipos opressivos, mas que podemos aprender a usar os estereótipos como ferramentas de nossa liberação."

Fonte: BBC Brasil.com


Trabalho monótono põe cérebro em piloto automático, diz estudo

Um estudo da Universidade de Bergen, na Noruega, e da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, afirma que trabalhos monótonos podem fazer com que o cérebro entre no estado de "piloto automático" e levar as pessoas a cometer erros em tarefas simples.

A pesquisa, publicada na revista especializada Proceedings of National Academy of Sciences, diz que os trabalhos tediosos colocam o cérebro no "modo descanso", quer a pessoa queira ou não.
Os cientistas avaliam que, quando isso ocorre, os erros que podem ser cometidos também podem ser previstos com até 30 segundos de antecedência, com base na análise dos padrões de atividade no cérebro.


No estudo, o professor Tom Eichele e seus colegas pediram que os voluntários fizessem repetidamente um experimento em que os indivíduos deveriam responder rapidamente a pistas visuais.


Enquanto os voluntários realizavam a tarefa, exames foram realizados no cérebro, usando imagens de ressonância magnética funcional.


Com isso, os cientistas descobriram que os erros dos participantes eram "anunciados antecipadamente" por um padrão de atividade cerebral.


"Para nossa surpresa, até 30 segundos antes de o erro ser cometido, pudemos detectar uma mudança na atividade (cerebral)", disse Stefan Debener, da Universidade de Southampton.


"O cérebro começa a economizar, fazendo menos esforço para completar a mesma tarefa", acrescentou o pesquisador.


"Observamos uma redução na atividade do córtex pré-frontal", contou Debener. "Ao mesmo tempo, observamos um aumento na atividade na área que é mais ativa quando o cérebro está no estado de descanso."


Sistema de alerta


O pesquisador afirma que este não é um sinal de que o cérebro está "indo dormir". "O piloto automático seria uma metáfora melhor", disse Debener.


Como esse estado começa cerca de 30 segundos antes de o erro ser cometido, os cientistas afirmam que um sistema de alerta poderia ser criado para que a pessoa permaneça mais concentrada e tenha mais cuidado.


Os autores do estudo avaliam que isso poderia aumentar a segurança em locais de trabalho e melhorar o desempenho em tarefas importantes como dirigir carros e pilotar aeronaves, em análises de raios-X e sistemas de segurança de aeroportos ou mesmo no controle de imigração nos aeroportos.


"Poderíamos colocar um dispositivo na cabeça das pessoas", afirma Tom Eichele. "Poderíamos medir o sinal e dar uma resposta ao usuário, alertando que o cérebro está em um estado em que suas decisões não serão as corretas."


Segundo Stefan Debener, um protótipo de aparelho portátil para exames no cérebro já está em desenvolvimento e poderia ser lançado no mercado em um período entre "dez a 15 anos".


"Mas, primeiro, precisamos estabelecer o que causa estes erros", afirma. "Não sabemos se a mudança na atividade do cérebro observada tem uma ligação causal com os erros."


"Depois que estabelecermos isso, podemos tentar desenvolver dispositivos de monitoramento", conclui o pesquisador.

Fonte: BBC Brasil.com

Mais horas extras, mais riscos para a saúde e a segurança

Osasco/SP - O acúmulo de horas trabalhadas coloca em risco a saúde e a segurança do metalúrgico. O estresse, o cansaço e a pressão, além de ambientes, equipamentos e situações inadequados para o trabalho estão por trás dos 503.890 acidentes de trabalho registrados pela Previdência Social em 2006.
Destes acidentes, 403.264 são casos de acidentes “típicos”, ou seja, decorrentes da característica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado, de acordo com a definição da Previdência. Além disso, 26.645 registros se referem a trabalhadores que adquiriram doenças ocupacionais e os demais 73.981 tratam-se de acidentes de trajeto, aqueles que ocorrem entre a residência e o emprego ou vice-versa.
No Sindmetal - Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, somente entre o segundo semestre de 2007 e o início deste ano já foram emitidas 143 CATs (Comunicações de Acidente de Trabalho). A estimativa do Sindmetal é que 95% dessas CATs são motivadas por LER (Lesões por Esforço Repetitivo) ou Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). A extensa jornada de trabalho é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento desses problemas de saúde.
Ou seja, combater o excesso de horas extras é uma forma de zelar pela saúde e segurança do trabalhador.
Fonte: Revista Proteção - http://www.proteção.com.br/


Cresce registro de doenças ocupacionais




O registro de doenças ocupacionais deu um salto nos últimos 11 meses e cresceu 134%, na média. As notificações de doenças do sistema osteomuscular, nas quais se incluem as lesões por esforço repetitivo (LER), aumentaram 512%, segundo o Ministério da Previdência. A impressionante variação é creditada ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, mecanismo em vigor desde abril do ano passado e que relaciona determinada doença às atividades profissionais nas quais ocorre com maior incidência. Para a Previdência, o dado indica que havia subnotificação deliberada de doenças ocupacionais. As despesas para o INSS não aumentam na mesma proporção. O que muda é a classificação.


Registro de doenças ocupacionais cresce 134%
Arnaldo Galvão08/04/2008

O registro de doenças ocupacionais deu um salto nos últimos 11 meses. As notificações de doenças do sistema osteomuscular, nas quais se incluem as lesões por esforço repetitivo (LER) e que representam 84,77% do total de doenças do trabalho, aumentaram 512,3%, segundo dados do Ministério da Previdência.


A impressionante variação é creditada ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), mecanismo que relaciona determinada doença às atividades nas quais a moléstia ocorre com maior incidência. Em vigor desde abril do ano passado, o nexo obriga a perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aplicar uma lista que relaciona cada uma das profissões às doenças de maior incidência na atividade. Como resultado dessa co-relação, a doença é classificada automaticamente como ocupacional. Assim, o que aconteceu, preponderantemente, não foi um maior número de casos de doenças, mas uma elevação no volume de moléstias classificadas como ocupacionais.


Para medir o efeito do nexo epidemiológico, o ministério comparou o número de moléstias ocupacionais registradas nos 11 meses antes (maio de 2006 a março de 2007) e depois (abril de 2007 a fevereiro de 2008) da adoção da regra. O maior salto é no capítulo do Código Internacional de Doenças (CID) referente às doenças infecciosas e parasitárias: 3.701%. Depois, vem a alta no grupo dos tumores (2.102%), seguido pelas doenças do aparelho circulatório (1.406%). No total, o aumento foi de 134%.


Para a Previdência, o salto revela que, antes do novo mecanismo, grande parte das doenças ocupacionais era anteriormente classificada como moléstias comuns, sem relação com o trabalho. O diretor de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, diz que o nexo vem mostrando a deliberada conduta anterior das empresas em tratar as moléstias como comuns e não notificar as doenças como ocupacionais. Na prática, isso acontece com a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).


Quando a moléstia é classificada como decorrente do trabalho, explica Todeschini, o empregador fica obrigado ao recolhimento do FGTS. Além disso, há maior estabilidade garantida aos afastados. Para o diretor, as empresas também preferem a classificação da doença como comum e não como ocupacional, já que isso preserva os índices de "acidente zero".


"O NTEP é uma boa radiografia do ambiente de trabalho e revela a enorme subnotificação. Antes dele, em 2006, a média era de 30 mil notificações por ano. Depois dele, saltou para 144 mil", diz o diretor. O nexo, segundo ele, dá mais clareza sobre onde estão adoecendo os trabalhadores e quais são as políticas públicas necessárias.


A Previdência tem um gasto bilionário com o pagamento de benefícios acidentários - principalmente auxílio-doença - e aposentadorias especiais concedidas em decorrência de ambientes insalubres, perigosos e penosos. Em 2005, a despesa foi de R$ 9,83 bilhões. Em 2007, subiu para R$ 10,72 bilhões. O aumento dos registros como acidentários (relacionados à profissão) não indica que a conta da Previdência vai crescer na mesma velocidade. Esses auxílios já eram pagos, mas como benefícios "previdenciários", como se a doença fosse comum.


Para Todeschini, os números da Previdência mostram que a LER é a doença mais omitida pelos empregadores. O nexo indica que os cinco segmentos de atividade que mais concentram sua ocorrência são intermediação financeira, comércio varejista, montagem de veículos, alimentos e bebidas e serviços às empresas. No ano passado, a LER foi responsável por 37,77% dos afastamentos acidentários.


O diretor comparou os números de 2006 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) - detalhamento do emprego formal - com os acidentes registrados nas Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) naquele ano e concluiu que, proporcionalmente, a faixa etária mais exposta a acidentes foi de trabalhadores até 19 anos. Em números absolutos, a faixa foi a de 30 a 35 anos.


Esse cruzamento entre os números da Rais e das CATs, em 2006, também mostra que o setor com mais ocorrências no âmbito da saúde ocupacional foi o dos serviços industriais de utilidade pública. Naquele ano, nos 344.565 postos de trabalho, foram levadas ao INSS 12.302 CATs. Nessa classificação, seguem-se, em ordem decrescente: indústria de transformação, extração mineral, agropecuária, construção civil, serviços, comércio e administração pública.


Com a evolução do nexo, a Previdência vai definir o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) que passa a valer no ano que vem. Atualmente, as empresas recolhem de 1% a 3% do valor de suas folhas de pagamento como contribuição ao Seguro Acidente do Trabalho (SAT). O objetivo é premiar a empresa que investir em segurança e reduzir suas ocorrências. Nesse caso, ela vai pagar contribuição menor ao SAT.


Por meio do FAP, o critério será por empresa e a contribuição ao seguro será de 0,5% até 6% da folha de pagamentos. Hoje, o critério é setorial, pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e vai de 1% a 3% da folha. Mas a mudança provocada pelo FAP terá o teto equivalente ao dobro do percentual pago atualmente. Portanto, não vai haver o salto de 1% para 6% nessa contribuição.


Todeschini recomenda que, em benefício próprio e dos seus trabalhadores, as empresas devem aperfeiçoar seus programa de prevenção, prestigiar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e fomentar a cultura permanente da educação e da prevenção. Mas ele também reconhece que o governo tem muito a realizar. Como exemplo, cita a retomada da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador que deve articular as ações de três ministérios: Trabalho, Previdência e Saúde.


Outra falha do governo, na opinião de Todeschini, é a insuficiente estrutura de fiscalização. Numa comparação que ele chama de "grosseira", a Alemanha tinha, em 1992, população economicamente ativa (PEA) de 45 milhões de pessoas e aproximadamente cinco mil fiscais do trabalho. No Brasil, a PEA atual é de 90 milhões de pessoas, mas há apenas 3,8 mil fiscais. Um agravante da situação brasileira é a alta informalidade da economia que exclui milhões de trabalhadores das redes de proteção previdenciária.

Fonte: Radiobras

Uma batalha para não perder a voz


Rio de Janeiro/RJ - Nas salas de aula, o principal instrumento de trabalho dos professores corre perigo a todo instante. Todos os dias, trava-se uma batalha entre o ruído dos alunos e a voz do mestre. Mas algumas escolas parecem ter encontrado a solução.

Foram três anos e meio longe da sala de aula. “Tinha que competir com o barulho de dentro da sala de aula com o barulho de fora da sala de aula, os carros passando na rua. Então tudo isso foi me levando a um quadro de total falta de voz“, contou a professora Eliane Ferreira de Souza.

Eliane voltou a dar aula de História, mas agora não dispensa a companhia de uns equipamentos: caixa de som e microfone, um peso para carregar, mas um alívio para a voz.

A fonoaudióloga da Fiocruz, Márcia Soalheiro, que pesquisa a saúde do trabalhador condena a condições da maioria dos colégios públicos. “Nós hoje temos escolas com níveis de ruído que beiram o ruído industrial, por exemplo”.

Nas escolas municipais de Niterói, região metropolitana do Rio, a alternativa também foi o microfone, assessório que já é usado por 100 professores. Gilmara Ribeiro foi a primeira a experimentar a novidade. “Está bem melhor de trabalhar, não tem mais preocupação de gritar, chamar a atenção de aluno”.

Competir com o barulho de 30 crianças numa sala de aula é difícil. Quando o professor se dá conta já está gritando. Mas numa turma, desde que o microfone entrou em cena, até o comportamento dos alunos mudou. Eles tiveram que abaixar o volume e agora conversam menos e prestam mais atenção.

Maria Fernanda fez uma descoberta. O que parecia tão difícil de aprender era, na verdade, só falta de ouvir melhor o professor. “Presto mais atenção principalmente na aula de matemática”.

Mas os professores sabem que não basta aumentar o volume. Para a saúde da voz é preciso diminuir os ruídos. “Menos alunos em sala de aula, salas aclimatadas para que as aulas aconteçam bem, sem barulho lá fora. Essas seriam as condições ideais, enquanto isso o microfone vai dando uma ajuda”, finaliza Eliane.

Fonte: http://www.protecao.com.br/novo/template/noticias.asp?setor=3&codNoticia=3675&__akacao=73538&__akcnt=3aff233e&__akvkey=ef3b&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Prote%E7%E3o+Newsletter+Ed.+14%2F08

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Diretrizes de Apoio à Decisão Médico-Pericial em Ortopedia e Traumatologia


O INSS colocou em consulta pública o documento Diretrizes de Apoio à Decisão Médico-Pericial em Ortopedia e Traumatologia.
Data de encerramento da consulta pública: 08 de maio de 2008.

O documento encontra-se disponível no site do MPS: www.mps.gov.br